Vale utilizará equipamentos não tripulados na remoção de rejeitos das barragens B3/B4
Solução será aplicada nas estruturas da Mina de Mar Azul, em Nova Lima (MG), e Sul Superior, da Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG)
Solução será aplicada nas estruturas da Mina de Mar Azul, em Nova Lima (MG), e Sul Superior, da Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG)
A Vale iniciará a realização de atividades com equipamentos não tripulados (sem pessoas) para a remoção de rejeitos das barragens B3/B4, da Mina de Mar Azul, em Nova Lima (MG), e Sul Superior, da Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG). De acordo com a mineradora, as ações foram analisadas e aprovadas pelo auditor técnico do Ministério Público, além de todo corpo de consultores externos contratados pela empresa para elaboração dos projetos, e representam o avanço do Programa de Descaracterização da empresa e o comprometimento com uma abordagem integralmente voltada à segurança das suas estruturas e das pessoas.
A Vale ressalta que as descaracterizações dessas barragens, atualmente em nível 3 do Plano de Ação de Emergência em Barragem de Mineração (PAEBM), são processos complexos e que qualquer intervenção pode representar incrementos de riscos. Por isso, a empresa já realizou diversas ações preventivas, entre as quais a retirada de todos os moradores das respectivas Zonas de Autossalvamento (ZAS) e a construção de Estruturas de Contenção a Jusante nos dois territórios.
Na Sul Superior, a remoção terá início com a coleta de amostras, que tem o objetivo de ampliar o conhecimento sobre as características do material disposto no reservatório, para aprimoramento da segurança e das técnicas que serão usadas durante o processo de descaracterização, além de subsidiar estudos para definir os níveis de controle de vibração. Também serão abertos canais para melhorar o escoamento de água da estrutura, evitando o acúmulo no reservatório, principalmente durante o período chuvoso. Na barragem B3/B4, a remoção dos rejeitos será feita concomitantemente com a conclusão da retirada parcial de uma pilha de estéril no local, de onde já foram retirados 350 mil metros cúbicos de material desde novembro de 2020. Segundo a mineradora, todas as atividades realizadas e programadas nas duas barragens serão integralmente executadas com equipamentos não tripulados, operados de forma remota e segura a partir de uma central de controle fora das estruturas.
Diante da complexidade e dos riscos do processo de descaracterização dessas estruturas, a Vale informa possuir um rigoroso controle de todas as ações implementadas com o objetivo de garantir a segurança dos trabalhadores e das pessoas que vivem em comunidades próximas. Além disso, a Vale também está estudando medidas adicionais para minimizar eventuais impactos residuais aos corpos hídricos a jusante das contenções.
As estruturas de contenção construídas a jusante das duas barragens estão concluídas e têm capacidade para conter os rejeitos em um cenário em que haja essa necessidade. A estrutura para Sul Superior possui 36 metros de altura e 330 metros de comprimento. A estrutura para a barragem B3/B4 tem 33 metros de altura e 221 metros de comprimento. As obras seguiram as mais rigorosas normas nacionais, as melhores práticas de engenharia e referências técnicas de entidades internacionais utilizadas para construções similares. Empresas especialistas, independentes da projetista e da construtora, analisaram e certificaram que as estruturas são estáveis e, portanto, conferem segurança às comunidades localizadas abaixo delas. A auditora técnica do Ministério Público de Minas Gerais também ratificou a estabilidade das contenções, segundo a Vale.
Ainda como parte do controle de riscos, as barragens seguem sendo monitoradas de forma permanente pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG). Em caso de necessidade, as atividades serão suspensas para as devidas avaliações. As ações seguem todos os cuidados e medidas de prevenção à Covid-19.
Programa de Descaracterização
Desde 2019, cinco estruturas da Vale foram completamente descaracterizadas e reintegradas ao meio ambiente. A primeira foi a 8B, na mina de Águas Claras, em Nova Lima, ainda em 2019, seguida por três estruturas no Pará. A descaracterização do dique Rio do Peixe, em Itabira, também está concluída e a próxima a ser completamente descaracterizada será a barragem Fernandinho, também em Nova Lima (MG).
O Programa de Descaracterização de barragens a montante da Vale é baseado em informações e estudos técnicos e considera a especificidade de cada uma das 30 estruturas geotécnicas, compreendendo 16 barragens, 12 diques e 2 empilhamentos drenados.
A descaracterização das barragens a montante é uma obrigação legal de todas as mineradoras e a Vale, comprometida com todos, tem realizado todas as atividades com o acompanhamento e suporte de consultores externos, autoridades e auditores técnicos das autoridades, sempre com a premissa de segurança às pessoas e ao meio ambiente. Cada projeto, indistintamente, é revisado tecnicamente por mais de um especialista, dentre estes, o auditor técnico do Ministério Público. O cronograma e demais informações sobre o andamento das obras estão disponíveis em www.vale.com/esg.
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